domingo, 22 de maio de 2011

Clínica odontológica no Rio de Janeiro aposta no público gay

Uma clínica odontológica no Rio de Janeiro decidiu se especializar no atendimento ao público gay. Hoje são mais de 50 pacientes, no bairro de Ipanema, ponto de grande movimento não só de turistas mas também de moradores LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transsexuais). A proposta, define o empreendimento, é evitar o preconceito em meio à discussão sobre o combate à intolerância e à violência contra homossexuais.
“Devemos nos adaptar às demandas dos clientes e suas especificidades”, avalia uma das sócias da clínica, Sandra Pacheco, de 49 anos. "O preconceito se manifesta até mesmo na sala de espera do consultório. A odontologia que praticamos é focada no público GLS, mas atendemos todas as pessoas da mesma forma", disse ao UOL Notícias a fluminense Sandra, que abriu o consultório em 2006.
A partir daí, diz ela, percebeu que havia um “grande mundo de casais gays” e que havia um nicho de mercado a explorar: oferecer um atendimento mais personalizado e acolhedor para este segmento que, afirma, carece de serviços especializados --o acompanhante do paciente, por exemplo, pode acompanhar o atendimento. Sandra contou que, durante as consultas, os casais tem a oportunidade de contar a sua vida e, assim, “a gente vai conhecendo melhor a história da pessoa”.
A outra sócia, a terapeuta holística Thaís Lobo, 47, diz que cerca de 70% dos pacientes são homossexuais e que a cada dez clientes que vão lá para conhecer o serviço, nove permanecem. “Toda semana chegam novos, nunca perdemos paciente. A gente viu que no Rio o público LGBT é grande, mas que existe uma insatisfação do atendimento em clínicas odontológicas e em consultórios médicos. Fiz juma pesquisa nos bairros de Copacabana e Ipanema (ambos na zona sul), e as pessoas diziam que estavam sendo discriminadas na sala de consultório quando iam ao médico”, contou.
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